Saudade



Meus Tempos de Criança.


  Que saudades que eu sinto,
dos meus tempos de criança.
Choro, não mim envergonho.
quando deles tenho lembranças.

Que saudades do meu pai,
que a muito já se foi.
Meus amigo, companheiro,
que tanta falta faz.
Que mim protegia como um guerreiro,
e mim transmitia paz.

Que saudades te todos os meus irmãos,
juntos em harmonia.
Éramos pobres, mas felizes,
tínhamos um pai e uma mãe,
que com honestidade trabalhando,
para nos da o pão do dia a dia.

Que saudades da escola,
dos amigos e professores.
Onde aprendi a ser gente,
a conhecer o mundo mágico da leitura,
e fazer novos amores.

Que saudades do primeiro amor,
desse jamais vou esquecer.
Era novo, uma criança,
mas já escrevia versos,
e te amo para ela,
não cansava de dizer.

Que saudades da mina casa,
do meu imenso quintal.
Onde brincava nas arvores,
comia frutos lá no alto,
e como um macaco,
pulava de galho em galho,
disso eu não via nenhum mal.

Até mesmo das surras,
que merecidamente eu tomava.
Tenho saudades, eu confesso,
pois fazia por merecer.
Era peralta, não desobediente,
e essas surras,
ensinaram-me a viver.

Que saudades daquele tempo,
onde não faltava o pão.
Onde não havia violência,
onde o amor ainda existia,
em cada coração

Que saudades daqueles tempos,
tempos que não voltam mais.
Hoje resta apenas lembranças,
lembranças que mim trazem paz.
                     Enyreis






"Lembranças"



   Lembro-me da primeira vez,
Que olhaste em meus olhos.
Não foi um simples olhar.
Foi magia, foi profundo, sedução.
Revirou meu mundo,
E naquele olhar,
Nasceu em mim,
Uma louca paixão.



Lembro-me, da primeira vez que mim beijaste.
Não foi um simples beijo.
Foi intenso, foi delírio, emoção.
E naquele beijo,
Em meio a devaneios, perdi a razão.
                                  
Lembro-me, da primeira dança.
Não foi uma simples dança.
Foi leveza, utopia, fixação.
Envolto em teus braços,
Rendi-me a tua beleza,
Batia forte o coração.



Lembro-me, do primeiro verso.
Não foi um simples verso,
Foi promessa, esquecida, sem razão.
De alguém que amo, que no abandono,
Deixou-me na ilusão.



Lembro-me, da despedida.
Não foi uma simples despedida,
Foi sofrida,  causticante,  provação.
Despertou-me de um sonho,
Que nas noites de insônia,
Tento encontrar sem solução.



Lembro-me, das saudades.
Não são simples saudades,
São martírios, desejos, escuridão.
Apenas as lembranças,
Dos momentos lindos,
Traz-me mansidão.



                                                      Agora o que mim resta
                                                      Retornar aos sonhos
                                                      Ainda que impossíveis
                                                      Concretizá-lo será
                                                     Induzir min’alma, a dormir e sonhar.
                                                                                                                        Enyreis

Nenhum comentário:

Postar um comentário